sexta-feira, 10 de junho de 2016

Conversas Alheias



-Já estiveras andando por uma rua, não sozinho, mas também não em uma multidão? E em quanto andavas pela rua, sentias olhos em suas costas observando  você mas quando olhas para trás não há nada além de ar, um vazio, talvez um arbusto? E eu ainda fico me perguntando como essa sensação peculiar, por que afinal como o ar pode nos observar?
-Ah! Já ouvi varias pessoas diferentes, falando diferentes teorias, como se pessoas que acreditam que poderia ser alguma coisa do além, e pessoas mais céticas dizendo que é o seu próprio cérebro. Mas eu tenho uma velha amiga que diz que não é nem seu cérebro, e nem um ser do além e sim os seus próprios olhos. Nunca confiei muito nela pois era uma tremenda de uma fofoqueira.
Essa foi o que consegui escutar do telefonema da moça ao meu lado no metro da linha amarela, e por algum motivo um dos meus maiores prazeres da vida é se meter na vida alheia das pessoas, por que tenho certeza de que as delas são bem mais interessantes do que a minha.

Normalmente depois de escutar as conversas das pessoas que eu não tenho ideia de quem sejam eu sempre saio rindo, mas dessa vez eu fiquei intrigada de como eu nunca havia pensado nessa situação de que passo tantas vezes, e com certeza vou dormir com essa de quem talvez  esteja nos observando seja nos mesmos.
Mas ainda sim você fica dizendo a você mesmo que não é nada, mas no fundo no fundo ainda sim resta uma dúvida. 

Madrugada

Debruçando-se à a janela do 11º andar, com a companhia do assobio suave do vento contra a janela, durante o meio da madrugada de sexta-feira, onde olhando a fora, no meio da cidade que nunca dorme. As luzes dos prédios apagados exceto por três ou quatro janelas acesas no meio da "escuridão'. As calcadas vazias exceto por três amigos bêbados, cambaleando pelas pedras irregulares da calcada, rindo de seus próprios tropeços, voltando para de uma grande noitada que eles  provavelmente não lembrarão de nada na manha seguinte.
O viaduto esta vazio, solitário, gritando por aconchego. Sem nenhum "vândalo" expressando-se em forma de arte , uma pessoa sequer vagando pelo seu asfalto. Até um velho senhor de idade, com uma barba esbranquiçada, em cima do viaduto solitário, e olha para cima, com os olhos quase fechados, esforçando a visita para olhar a beleza do céu estrelado e sussurra: "Ainda que haja noite no coração, vale a pena sorrir para que haja estrelas na escuridão..."  então isso me fez perceber de como coisas simples como estrelas que daqui equivalem a um grão, lá equivalem a um milhão. Que não valia mais a pena eu me ressentir por problemas tão ingênuos como os meus, e não deixar eles tomarem conta do meu corpo e do meu sorriso. Então se você se encontra na escuridão, sorriam que tudo no fim ira melhorar.